Nesta semana estreou no mercado brasileiro a norte-americana Beyond Meat, empresa pioneira no ramo de proteínas vegetais que imitam a carne bovina, com uma distribuição teste específica apenas para a rede St. Marché, em São Paulo.
O Brasil tem tido cada vez mais opções de proteínas alternativas desse tipo. Em 2019, tivemos uma onda de redes de fast food aderindo e até fabricantes nacionais disponibilizando seus produtos no varejo.
Ao todo, a Beyond Meat venderá quatro dos seus produtos: Hambúrguer Vegan, Carne Moída Vegan, Linguiça Vegan Brat e Linguiça Vegan Hot Italian.
Vale ressaltar que como todos os itens são todos importados, os valores não serão muito acessíveis.
A embalagem do Hambúrguer Vegan, da Beyond Meat, por exemplo, vem com dois discos com 227 gramas (cada um pesa cerca de 113 gramas) e custa R$ 65,90. A carne moída, que vem em um pacote com 454 gramas, custa R$ 99,90.
À título de curiosidade, o Futuro Burger, da brasileira Fazenda Futuro, custa R$ 15,90 e o pacote traz dois discos que pesam 230 gramas (115 gramas cada). Já a carne moída da marca brasileira custa R$ 14,90, mas vem com 270 gramas.
Nós já provamos os produtos de ambas as empresas e podemos dizer que a Fazenda Futuro usou a Beyond Meat como sua principal referência tanto na identidade visual quanto no sabor e características do produto. Então, se a empresa gringa quiser realmente conquistar o mercado brasileiro precisará nacionalizar a produção.
A Beyond Meat foi uma das pioneiras nos EUA a criar proteínas alternativas que tentam parecer o máximo possível com a opção animal.
A ideia deste tipo de produto é atender não só vegetarianos, mas pessoas que gostem do produto também e queiram diminuir o consumo de carne de verdade. Essas foodtechs, como são chamadas essas companhias, têm um discurso voltado para sustentabilidade.
Como a pecuária exige muitos recursos naturais, empresas como essas tentam criar alternativas usando outros ingredientes. No caso da Beyond Meat, o hambúrguer, por exemplo, é baseado em proteína de ervilha, arroz e feijão mungo.
A aposta dessas companhias é que se a produção de proteína animal não for mais sustentável, estes produtos ficarão mais caros, abrindo uma oportunidade para estas “carnes de proteína vegetal”.
Ainda que a premissa seja a questão da sustentabilidade, esses produtos vegetais costumam ser mais caros que suas versões animais, até por questões de produção, já que ainda é um mercado muito nichado, e a gente vive no Brasil, um dos maiores exportadores de carne no mundo — portanto, proteína animal tem um preço acessível.
De qualquer jeito, para quem gosta desses produtos, contar com a Beyond Meat é uma boa notícia, ainda que seja para consumo limitado, pois haja dinheiro para sustentar a compra desses itens que são bem caros.
E na nossa opinião, que experimentamos todas as opções vendidas no Brasil e também a Beyond Meat, falta muito para que eles se pareçam com uma carne de verdade. Visualmente surpreende, mas a experiência parece de um hambúrguer industrializado e temperado. Por enquanto, aos que não tem o paladar tão sensível ou que apoiam a causa pode ser uma opção válida.
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