Depois de todo o alvoroço feito na época da inauguração do Burger Joint no Brasil, chegou a hora de avaliá-los.
Uns odeiam, outros amam, mas a fama do Burger Joint foi criada pelos brasileiros que viajam pra Nova Iorque e visitam a unidade hospedada pelo Le Park Meridien. Muitos piram ao entrar no hotel luxuoso, encontram uma hamburgueria secreta e clima underground atrás das cortinas vermelhas.
Lá, sempre tem uma uma fila de espera, você faz o pedido, paga e aguarda ficar pronto – já visitamos e gostamos. Mas nunca saímos por aí gritando que é o melhor hambúrguer do mundo. Nossa teoria é que o pessoal se impressiona pela viagem, pelo ambiente, pelo clima e acaba potencializando os sentimentos. Aliás, visitamos outros em Nova Iorque, como o Minetta Tavern e o Spotted Pig e consideramos melhores.
Pelo que sabemos, Burger Joint não pretende ser o melhor hambúrguer do mundo. Segundo o fundador, o Steven Pipes, a ideia é servir um hambúrguer de qualidade que possa ser comido todos os dias, sem enjoar. É lógico que sabendo desta premissa, fica fácil de deduzir que trata-se de um hambúrguer com receita simples.
A ideia era ter um único tipo de hambúrguer, que você possa tirar ingredientes. Nesta visita, percebemos que a estratégia para a loja do Brasil mudou um pouco. E com certeza a motivação foi o preço, muitos reclamavam.
Na prática, um cheese burger com 140g Angus agora custa R$ 20,00, o cheese salada (com alface, tomate, picles da casa, cebola roxa, ketchup, maionese e mostarda Dijon) custa R$ 22,00 e se adicionar bacon fica R$ 25,00. Um preço razoável, levando em consideração preço x qualidade dos produtos. Se optar por um burger duplo fica um pouco mais caro, um cheese burger duplo com 280g de carne e queijo duplo sai por R$ 33,00.
Na época da inauguração era mais caro, o hambúrguer custava R$ 23,00 e o cheese burger custava R$ 25,00. Que bom que o preço foi adequado.
Uma porção de fritas para acompanhar o hambúrguer fica R$ 8,00. E o refrigerante R$ 5,00. O combo com o cheese salada custa um total de R$ 38,00, que na nossa opinião não é caro, pois não tem 10% de serviço – ainda levando em consideração o preço dos combos das redes de fast food – e não dá para comparar os produtos.
Nosso pedido foi um cheese bacon por R$ 23,00 e um refrigerante. Deixamos a batata pra lá, pois não são artesanais (as de Nova Iorque também não são). Outro detalhe é que o ketchup, mostarda e maionese não são artesanais, assim como fazem em todas as lojas do Burger Joint. Aos desavisados, a maionese é Hellmann’s, o Ketchup Heinz e a Mostarda Dijon Grey Poupon.
Pedimos ao ponto para mal passado, porém o atendente disse que eles trabalham apenas com “mal passado”, “ao ponto” e “bem passado”. Perguntamos como era o “ao ponto” e o “mal passado”, a resposta foi que “ao ponto” era rosado por dentro e “mal passado” era apenas selado – pedimos “ao ponto”.
Sentamos e aguardamos uns 10 minutos até nos chamarem. Pegamos o pedido no balcão e sentamos para comer. O hambúrguer vem embrulhadinho em papel branco, o tamanho é médio.
O bacon é bem visível, assim como as duas fatias de queijo (Colby e cheddar branco) que eles usam. A realidade é que o Burger Joint ocupa a categoria de fast food premium, você consegue fazer uma refeição rápida, comendo um hambúrguer artesanal, sem muita frescura.
A carne é alta, preparada no broiler. Assim que mordemos ficou nítido o sabor da grelha, muito gostoso. O ponto estava mais para bem passado do que para rosado, mas o hambúrguer ainda estava suculento. A carne estava macia, bem selada e no tamanho do pão.
O pão é bem levinho, super neutro, ocupa apenas o papel do coadjuvante no conjunto. Vem selado, quentinho e na medida. O bacon poderia ser mais crocante, apesar de saboroso, poderia ser finalizado no momento do hambúrguer e acrescentaria uma textura diferente ao conjunto.
Os queijos são suaves, trazem um pouco de sabor e estavam bem derretidos. No Burger Joint, o queijo é derretido em um tipo de forno chamado de salamandra, para ganhar tempo. Só que esse processo atrapalha um pouco o ponto da carne, porque o calor é alto e o hambúrguer pode passar mais. E foi isso que aconteceu.
Apenas um cheese bacon não foi capaz de matar a fome. E queríamos testar o ponto “mal passado”, então pedimos mais um cheese burger. Sem demora ficou pronto.
Entregue no mesmo padrão, mas neste, o queijo ficou bem mais bonito para a foto. A diferença mesmo foi o ponto, muito mais vermelho dentro, tava realmente bem mais suculento e saboroso. Na realidade, o ponto servido era ao ponto para menos, como gostamos e por isso ficou perfeito.
Então agora já saiba, se gosta do hambúrguer mais vermelho como nós, peça mal passado. Senão, peça ao ponto que não vem nada de carne vermelha.
O Burger Joint se mostrou uma ótima opção para um hambúrguer rápido e descontraído. O ponto forte de tudo foi o sabor de grelhado na carne, que é o ingrediente mais gostoso do conjunto – sem dúvidas. Se ainda não experimentou, vale a visita, mas alinhe as expectativas e seja realista, pois em São Paulo temos muitos hambúrgueres até melhores que o dos gringos.
Avaliação do Guia do Hambúrguer
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- hambúrguer
- maionese(não avaliada)
- porção(não avaliada)
- atendimento
- espera (nenhuma)
- cheese burgerR$ 20,00
- preço
(de R$ 30,00 a R$ 40,00 por pessoa)
- hambúrguer
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Fui na hamburgueria no jardins e no Top Center.
A expectativa estava alta para comer o melhor hambúrguer de Nova York, quando comi quanta decepção e o meu primeiro pensamento foi “Americano não sabe o que é comer hambúrguer bom”.
Só como lá quando tem alguma promoção ou se não tem nenhuma outra opção pode perto
Hamburguer feio, espero que seja pelo menos saboroso.